segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Ministério Integral da Igreja

 Por: Rev. Claudio Luis de Souza
Introdução
Jesus começa seu ministério como uma pessoa do povo, sem nenhum holofote e sem nenhuma pretensão de ser um pop-star. Jesus começa seu ministério anunciando o Reino e curando as pessoas. Não que isso fosse lhe dar ibope, mas era preciso para que as pessoas começassem a crer nas suas palavras como o Messias na linguagem de Mateus.


O texto aponta para um Jesus nascido na real Belém, na qual, ficou mais conhecido como O Jesus de Nazaré, filho de carpinteiro e se tornou um desprezado como um provinciano, e não como um Rei anunciado pelos magos ”E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo” (2.2). Jesus foi criado e cresceu em Nazaré cidade pobre, desprezada e humilde. É diante deste contexto que Jesus inicia seu ministério. Ele começa a anunciar significativamente aos cansados e sobrecarregados “vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. (11:28).
Após a morte de João Batista Jesus volta a Galiléia com o propósito de anunciar o Reino de Deus “Percorria Jesus a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo”.
É interessante notar que embora Mateus tenha escrito o evangelho principalmente para os cristãos judeus, ele, no entanto, descreve o ministério inicial de Jesus abordando uma profecia referente aos gentios.  “Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios   O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz”  (Is. 9:1-2).
Jesus ao iniciar seu ministério vem cumprir a profecia que acabamos de citar.
Por isso, Mateus teve o cuidado de dizer que “percorria Jesus toda a Galiléia”.
É pelos territórios tribais de Zebulom e Naftali, que Jesus pregou, estabelecendo-Se na cidade de Cafarnaum da Galiléia, dando cumprimento ao texto do antigo Testamento e trazendo luz e esperança para um povo tão sofrido.
O Ministério de Jesus não tinha nada haver com os poderosos da época, não dava para associar Reino de Deus, como o reino dos homens poderosos. Não dá para associar a oração do Sargento das forças armadas brasileira que ao resgatar uma vítima dos escombros do terremoto no Haiti com a oração dos políticos “evangélicos” recebendo dinheiro sujo e agradecendo a Deus; Não dá para associar a atitude de Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança que morre aos 75 anos sendo católica entregou a sua vida para salvar vidas; com pastores e apóstolos que só realizam milagres na frente de câmeras de televisão, e nem com o evangelho mentiroso de muitas igrejas evangélicas que anunciam prosperidade, onde seus líderes estão muito mais interessados em encher igrejas para verem seus bolsos cheios e não com a transformação que o genuíno evangelho proporciona. E diante de um contexto de poderosos que Jesus vem anunciar o evangelho aos doentes, aos endemoniados, lunáticos e paralíticos, aos desprezíveis povos de Nazaré e Galiléia.


É diante da missão de Jesus que queremos enfocar a missão da Igreja.

E a missão da igreja deve ser baseado no próprio ministério de Cristo.

1)     É uma missão educativa.
Jesus por diversas vezes estava na sinagoga ensinando o Reino de Deus. Isso que dizer que a Igreja é uma comunidade educativa, ou seja, a igreja é um lugar onde se ensina a Palavra de Deus, se ensina o Reino de Deus. Não pode vivenciar o verdadeiro ensino sem a igreja, a ela é dada esta missão como podemos constar em Mt. 28:29-30 “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”.

O Senador Cristovam Buarque quando foi candidato a Presidência da República tinha como a principal bandeira de sua campanha  a federalização de uma educação pública de qualidade para o nível básico (ensino pré-escolar, fundamental e médio), vista como pré-requisito para a solução de todos os demais problemas brasileiros a médio e longo prazos. Para alcançar esse objetivo, propôs a federalização de alguns aspectos da área, como, por exemplo, a definição de padrões mínimos para a infra-estrutura educacional. O que o Senador estava enfatizando era que o Brasil tinha solução desde que, a educação com qualidade fosse dada, a todas as crianças, adolescentes e jovens brasileiros.
Jesus inicia seu ministério como diz o texto, ensinando nas sinagogas. A igreja não pode negligenciar o seu ensino. O pastor, que é o presbítero docente é responsável por toda e qualquer área de ensino da Igreja, desde a Escola Dominical, assim como os cânticos que devem ser além de uma expressão de louvor e adoração de ser um ensino a comunidade, por isso, deve estar harmonizado com a teologia da igreja. A igreja que negligencia o ensino negligencia o seu pastor; o pastor que negligencia a sua docência negligencia o próprio Deus, visto que todo ensino deve ser retirado da Palavra de Deus.

2)     É uma missão Proclamadora;

Jesus não só venho ensinar, mas proclamar o evangelho do reino entre os povos. Assim dever ser a igreja, como corpo de Cristo deve se bem ajustada ao evangelho.
Deve, portanto, anunciar o evangelho a toda criatura. Jesus embora nascesse em Belém, fora para Nazaré, cidade pobre e humilde e de lá inicia seu ministério na Geliléia para enfatizar que o evangelho que ele vem anunciar está comprometido com o povo que precisa de libertação.
Muitas pessoas têm mostrado ao mundo um evangelho de complicações, de deturpações. No entanto, o que devemos anunciar é o que Cristo deixou para que anunciemos, ou seja, as palavras de Jesus devem ser as nossas: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. (17).
É o Reino é terapêutico

3)     É uma missão Terapêutica.
Jesus não apenas ensinava e proclamava o Reino, mas tinha um ministério que curava as pessoas.
Jesus nos mostra que não devemos ficar indiferentes aos problemas, às necessidades do próximo. Aqueles que fazem parte do Reino devem interagir com aqueles que choram. Cristo olhou para aquele povo e se compadeceu de suas necessidades e aflições, assim, devemos ser em nossa comunidade. Devemos olhar para o nosso irmão e irmã e acolhe-los e não recrimina-los ou excluí-los. Todos são importantes na igreja e ninguém deve desprezar o outro. Isso não faz parte do ministério terapêutico. A indiferença não é um sentimento que vem de Deus. Deus chora quando choramos, Deus sofre quando sofremos por isso ele não fica indiferente com as nossas necessidades e preocupações. “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”.

Conclusão.
Que nossas orações sejam acompanhadas de atitudes que expressam o Reino de Deus em nossas vidas. Que sejamos servos do Deus Altíssimo com a missão de ensinar o evangelho, de proclamar Reino de Deus e de cuidar, pastorear o outro.
Sejamos aqueles que vive o Reino de Deus e comunique a simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo.

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